SAIBA COMO CRIAR FILHOS EMOCIONALMENTE INTELIGENTES - GUIA FUNDAMENTAL DA EDUCAÇÃO EMOCIONAL: QUE TIPO DE PAI/MÃE VOCÊ É?
Saiba como criar filhos emocionalmente inteligentes
Isso pode ajudar sua criança a se adaptar às condições adversas, seja em ambiente externo ou em seu "mundo interno"
A inteligência emocional está relacionada à capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e o dos outros e de lidar adequadamente com eles. Um dos estudiosos dessa área é Daniel Goleman, que a define sobre quatro conceitos: o auto-conhecimento (intuição, capacidade de tomar decisões e bússola moral), a auto-gestão (capacidade de administrar positivamente as emoções), a empatia (capacidade de colocar-se no lugar do outro e saber como ele se sente) e, por fim, a habilidade social, resultado de todas as outras.
"Há muitas definições a respeito desta capacidade de adaptação das pessoas, mas hoje fala-se com frequência em resiliência", acrescenta Silvia Maria Gonçalves, psicóloga do Hospital da Criança, da Rede D'Or São Luiz. "Esta relaciona-se ao conceito de plasticidade psíquica, da possibilidade de suportar os sofrimentos e refazer-se o mais rapidamente possível".
Segundo a especialista, a inteligência emocional pode ajudar tanto a criança como o adulto a adaptarem-se rapidamente às condições adversas do meio ambiente e do seu mundo interno sem alienar-se, procurando soluções possíveis de mudança.
"Essas capacidades dependem dos fatores genéticos, herdados biologicamente, e adquiridos, por meio de experiências ao longo da vida e da busca de aprendizado. A experiência e capacidade de adaptação dos pais podem ser passadas de alguma forma aos filhos, nem sempre de forma consciente", diz a psicóloga.
Por conta disto, nem tudo o que se relaciona à inteligência emocional pode ser ensinado ou aprendido, mas sim, vivido. "A psicoterapia pode ser uma forma de auxiliar os pais e as crianças a desenvolverem essa capacidade", orienta a especialista.
Fonte:https://gq.globo.com/Paternidade/noticia/2018/03/saiba-como-criar-filhos-emocionalmente-inteligentes.html
GUIA FUNDAMENTAL DA EDUCAÇÃO EMOCIONAL: QUE TIPO DE PAI/MÃE VOCÊ É?JOHN GOTTMAN PROPÕE QUATRO ESTILOS PARENTAIS. SAIBA QUAL É O SEU E APRENDA A TRANSFORMAR SEU AMBIENTE FAMILIAR PARA CRIAR ADULTOS EMOCIONALMENTE PREPARADOS.
Crianças emocionalmente inteligentes são menos agressivas, mais flexíveis, mais estudiosas, mais sociáveis e conseguem encontrar mais soluções para os problemas naturais que a vida impõe a todos, como traumas, perdas e dificuldades. Há pesquisas que sugerem que pessoas que desenvolveram a inteligência emocional na infância e/ou na adolescência não apenas têm sucesso em suas profissões, mas como vivem relacionamentos amorosos longos e estáveis, além de apresentarem baixos níveis de depressão e ansiedade. Há evidências, inclusive, de que essas pessoas são até mesmo mais saudáveis.
Para se educar um filho de modo que este se torne emocionalmente inteligente, é preciso reconhecer suas emoções, sem repreendê-las, desrespeitá-las ou ignorá-las. Pais precisam ajudar seus filhos a identificar suas próprias emoções e impor limites adequados, ao mesmo tempo em que os ensinam a descobrir soluções para a vida. Pais que ajudam os filhos a desenvolver Inteligência Emocional contribuem no desenvolvimento capacidade de controlar os impulsos, adiar a gratificação, motivar-se, interpretar os sinais subjetivos dos relacionamentos e lidar com os altos e baixos da vida.
Talvez isso seja difícil de ser conciliado no dia a dia, mas é necessário para uma educação saudável e plena. Se uma criança ou adolescente não quer estudar, por exemplo, os pais precisam mostrar que entendem esse sentimento, mas vão mostrar também o que se ganha e o que se perde com tal atitude, qual o preço da decisão para o futuro e, assim, vão mostrar que na vida existem regras comuns a todos. Vão mostrar que existem sempre outras possibilidades, mas que a responsabilidade das escolhas é de cada um.
É uma negociação, um acordo que se entra com a criança ou adolescente, sempre procurando explicar os dois lados de acordo com a idade e compreensão do filho. Se os pais agem assim, mostram uma flexibilidade de conduta e, ao mesmo tempo, dão a este filho a possibilidade de tomar suas atitudes e decisões com responsabilidade, assumindo assim as consequências que virão a seguir.
Manter a calma diante de alguma situação, mostrar estratégias para resolver um problema, ter flexibilidade para se adaptar a situações, se concentrar nas horas necessárias e saber se relacionar socialmente com as diferenças da vida humana são algumas das habilidades de quem desenvolve a Inteligência Emocional.
Inteligência Emocional na Educação dos Filhos
Segundo John Gottman, existem basicamente dois tipos de pais:
1 – os que orientam os filhos a lidar com as emoções
2 – os que não orientam, que ele chama de “Preparadores Emocionais”.
1 – os que orientam os filhos a lidar com as emoções
2 – os que não orientam, que ele chama de “Preparadores Emocionais”.
Os preparadores ensinam aos filhos estratégias para lidar com os altos e baixos da vida. Não se opõem às manifestações de raiva, tristeza ou medo dos filhos, tampouco as ignoram. Ao contrário, aceitam as emoções negativas como coisas que fazem parte da vida e aproveitam os momentos de exaltação emocional para ensinar aos filhos importantes lições de vida e construir um relacionamento mais íntimo com eles.
Entre os pais incapazes de ensinar Inteligência Emocional aos filhos, John Gottman identificou três tipos:
1) Pais Simplistas, que não dão importância, ignoram ou banalizam as emoções negativas de seus filhos;
2) Pais Desaprovadores, que são críticos das demonstrações de sentimentos negativos dos filhos e podem castigá-los por exprimirem as emoções;
3) Pais Laissez-faire (deixar fazer sem impor limites ou consequências), que aceitam as emoções dos filhos e demonstram empatia por eles, mas não os orientam nem lhes impõem limites.
QUE TIPO DE PAI OU MÃE É VOCÊ?
John Gottman, em seu livro Inteligência Emocional e a arte de educar nossos filhos, apresenta um questionário para ajudar a avaliar o tipo de pai ou mãe que você é, seguido de uma descrição dos quatro estilos parentais e como os diferentes estilos afetam as crianças.
AVALIANDO SEU ESTILO PARENTAL
O questionário abaixo contém perguntas sobre seus sentimentos relativos à tristeza, ao medo e à raiva, em você e em seus filhos. Para cada item, marque a resposta mais de acordo com o que você sente. Na dúvida, escolha a resposta que lhe parecer mais plausível.
Embora este questionário exija que você responda a muitas perguntas, faça-o até o fim e com honestidade. Anote as respostas e busque seu perfil para poder criar um ambiente de planejamento e transformação mais adequado possível.
V = Verdadeiro
F = Falso
1 – Criança quase não tem motivo para ficar triste. V F
2- Acho que raiva não tem nada de mau, contanto que seja controlada. V F
3-Quando a criança faz manha, em geral só está querendo que os adultos fiquem com pena dela. V F
4- A raiva da criança merece uma folga. V F
5- Quando faz manha, meu filho fica uma verdadeira peste. V F
6- Quando meu filho está triste, espera que eu conserte o mundo e o deixe perfeito. V F
7- Eu realmente não tenho tempo para tristeza na vida. V F
8 -A ira é um estado perigoso. V F
9- Se a gente ignora a tristeza da criança, ela acaba passando. V F
10- Raiva em geral quer dizer agressão. V F
11- Criança costuma fazer manha para conseguir o que quer. V F
12- Acho que tristeza não tem nada de mau, contanto que seja controlada. V F
13- Tristeza é uma coisa que a gente tem que superar, esquecer e não ficar remoendo. V F
14- Não me importo de lidar com tristeza de criança, desde que não dure muito. V F
15- Prefiro uma criança feliz a uma excessivamente emotiva. V F
16-Quando meu filho está triste, é hora de resolver problemas. V F
17- Ajudo meus filhos a superarem logo as tristezas para que possam se dedicar a coisas melhores. V F
18- Não acho que quando a criança está triste seja uma oportunidade para lhe ensinar alguma coisa. V F
19- Acho que quando a criança esta triste, ela está dando uma ênfase exagerada ao lado negativo da vida. V F
20- Quando minha filha fica brava, ela vira uma peste. V F
21- Imponho limites à raiva da minha filha. V F
22- Quando meu filho faz manha, é para chamar atenção. V F
23- A raiva é uma emoção que vale a pena explorar. V F
24- Muito da raiva da criança é consequência de sua imaturidade e falta de discernimento. V F
25- Tento transformar a irritação de meu filho em animação. V F
26- Você deve expressar a raiva que sente. V F
27- Quando minha filha está triste, é uma oportunidade de aproximação. V F
28- Criança realmente quase não tem motivo para ficar irritada. V F
29- Quando meu filho está triste, tento ajudá-lo a investigar as causas de sua tristeza. V F
30- Quando meu filho está triste, me mostro compreensiva. V F
31- Quero que meu filho vivencie a tristeza. V F
32- O importante é descobrir por que a criança está triste. V F
33- A infância é uma época de alegria, não uma época para sentir tristeza nem irritação. V F
34- Quando minha filha está triste, a gente senta e conversa sobre a tristeza. V F
35- Quando meu filho está triste, tento ajudá-lo a descobrir por que ele está com aquela sensação. V F
36- Quando meu filho está irritado, é uma oportunidade de aproximação. V F
37- Quando meu filho está irritado, dedico um pouco de tempo a ele e a vivenciar este sentimento. V F
38- Quero que meu filho vivencie a ira. V F
39- Acho que às vezes é bom a criança sentir raiva. V F
40- O importante é descobrir por que a criança está irritada. V F
41- Quando ela fica triste, digo que é melhor ela não desenvolver o mau gênio. V F
42- Quando meu filho está triste, tenho medo de que ele desenvolva uma personalidade negativa. V F
43- Não estou tentando ensinar a meu filho nada em particular sobre a tristeza. V F
44- Se há uma lição que eu possa dar sobre a tristeza, é que não há nada de mau em expressá-la. V F
45- Não sei se se pode fazer alguma coisa para mudar a tristeza. V F
46- Não há nada que se possa fazer por uma criança triste além de lhe oferecer consolo.V F
47- Quando meu filho está triste, tento mostrar-lhe que o amo em qualquer condição. V F
48- Quando minha filha está triste, não sei bem o que ela quer que eu faça. V F
49- Não estou tentando verdadeiramente ensinar a meu filho nada em particular sobre a raiva. V F
50- Se há uma lição que eu possa dar sobre a raiva, é que não há nada de mau em expressá-la V F
51- Quando meu filho está irritado, tento entender seu estado de espírito. V F
52- Quando minha filha está irritada, tento mostrar-lhe que a amo em qualquer condição.V F
53- Quando meu filho está irritado, não sei bem o que ele quer que eu faça. V F
54- Meu filho tem mau gênio e isso me preocupa. V F
55- Acho que é errado uma criança manifestar raiva. V F
56- Quem tem raiva não tem controle. V F
57- Uma criança manifestando a raiva é a mesma coisa que um ataque de mau gênio. V F
58- A criança se irrita para fazer o que quer. V F
59- Quando meu filho se irrita, tenho medo de suas tendências destrutivas. V F
60- Se você permite que a criança se irrite, ela vai pensar que sempre vai poder fazer o que quer. V F
61- A criança irritada está sendo desrespeitosa. V F
62- Criança é muito engraçada quando fica irritada. V F
63- A raiva em geral atrapalha meu discernimento e eu faço coisas das quais me arrependo. V F
64- Quando meu filho está irritado, é hora de resolver um problema. V F
65- Quando meu filho fica irritado, acho que é hora de lhe dar umas palmadas. V F
66- Quando meu filho fica irritado, meu objetivo é fazê-lo parar. V F
67- Não dou muita bola para raiva de criança. V F
68- Quando meu filho está irritado, em geral não levo a coisa muito a sério. V F
69- Quando estou irritada, sinto como se fosse explodir. V F
70- A raiva não leva a lugar nenhum. V F
71- É excitante para a criança manifestar raiva. V F
72- A raiva da criança é importante. V F
73- A criança tem o direito de sentir raiva. V F
74-Quando minha filha está brava, eu simplesmente descubro o que a está deixando brava.V F
75- É importante ajudar a criança a descobrir o que a irritou. V F
76- Quando minha filha se irrita comigo, penso: “Não estou querendo ouvir isso”. V F
77- Quando meu filho está irritado, penso: “Se ao menos ele tivesse jogo de cintura…”.V F
78-Quando minha filha está irritada, penso: “Por que ela não pode aceitar as coisas como elas são?”. V F
79-Quero que meu filho fique com raiva, para se defender. V F
80- Não dou muita bola para a tristeza de meu filho. V F
81- Quando minha filha está irritada, quero saber o que ela está pensando. V F
Como interpretar suas respostas:
Simplista: Some o número de vezes que você respondeu “Verdadeiro” entre os itens: 1, 2, 6, 7, 9, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19, 24, 25, 28, 33, 43, 62, 66, 67, 68, 76, 77, 78, 80. Divida o total por 25. Este é seu coeficiente Simplista.
Desaprovador: Some o número de vezes que você respondeu “Verdadeiro” entre os itens: 3, 4, 5, 8, 10, 11, 20, 21, 22, 41, 42, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 63, 65, 69, 70. Divida o total por 23. Este é seu coeficiente Desaprovador.
Laissez-Faire (deixar fazer sem impor limites ou consequências): Some o número de vezes que você respondeu “Verdadeiro” entre os itens: 26, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 52, 53. Divida o total por 10. Este é seu coeficiente Laissez-Faire.
Preparador Emocional: Some o número de vezes que você respondeu “Verdadeiro” entre os itens: 16, 23, 27, 29, 30, 31, 32, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 51, 64, 71, 72, 73, 74, 75, 79, 81. Divida o total por 23. Este é seu coeficiente de Preparador Emocional.
Agora compare seus quatro coeficientes. O mais alto indica sua tendência dominante.
Olhe então para a lista a seguir que resume as características básicas de cada estilo e explica como cada um afeta a criança.
Os Quatro Estilos Parentais (segundo Gottman)
OS PAIS SIMPLISTAS
Não dão importância aos sentimentos da criança;
Ignoram os sentimentos da criança;
Querem que as emoções negativas da criança desapareçam logo;
Costumam tentar distrair a criança para fazê-la esquecer as emoções;
São capazes de ridicularizar ou fazer pouco das emoções da criança;
Acham que os sentimentos da criança são irracionais e, portanto, não contam;
Demonstram pouco interesse no que a criança está tentando comunicar;
Podem ser incapazes de perceber as próprias emoções e as dos outros;
Sentem-se constrangidos, assustados, ansiosos, aborrecidos, magoados ou espantados com as emoções da criança;
Temem descontrolar-se emocionalmente;
Dão mais importância à superação que ao significado das emoções;
Acham que as emoções negativas são prejudiciais ou “tóxicas”;
Acham que ficar pensando nas emoções negativas só vai “piorar as coisas”;
Não sabem o que fazer com as emoções da criança;
Veem as emoções da criança como uma exigência para “consertar” as coisas;
Acham que as emoções negativas mostram que a criança está desajustada;
Acham que as emoções negativas da criança depõem contra seus pais;
Minimizam os sentimentos da criança, desmerecendo os acontecimentos que causaram a emoção;
Não tentam resolver o problema com a criança; acham que os problemas se resolvem com o tempo.
Ignoram os sentimentos da criança;
Querem que as emoções negativas da criança desapareçam logo;
Costumam tentar distrair a criança para fazê-la esquecer as emoções;
São capazes de ridicularizar ou fazer pouco das emoções da criança;
Acham que os sentimentos da criança são irracionais e, portanto, não contam;
Demonstram pouco interesse no que a criança está tentando comunicar;
Podem ser incapazes de perceber as próprias emoções e as dos outros;
Sentem-se constrangidos, assustados, ansiosos, aborrecidos, magoados ou espantados com as emoções da criança;
Temem descontrolar-se emocionalmente;
Dão mais importância à superação que ao significado das emoções;
Acham que as emoções negativas são prejudiciais ou “tóxicas”;
Acham que ficar pensando nas emoções negativas só vai “piorar as coisas”;
Não sabem o que fazer com as emoções da criança;
Veem as emoções da criança como uma exigência para “consertar” as coisas;
Acham que as emoções negativas mostram que a criança está desajustada;
Acham que as emoções negativas da criança depõem contra seus pais;
Minimizam os sentimentos da criança, desmerecendo os acontecimentos que causaram a emoção;
Não tentam resolver o problema com a criança; acham que os problemas se resolvem com o tempo.
Efeito deste estilo sobre a criança: Ela aprende que seus sentimentos são errados, impróprios, inadequados. Pode aprender que há algo intrinsecamente errado com ela por causa do que ela sente. Pode ter dificuldade em regular as próprias emoções.
OS PAIS DESAPROVADORES
Demonstram muitas das atitudes dos pais simplistas, mas de uma forma mais negativa;
Julgam e criticam a expressão emocional da criança;
Estão preocupados demais com a necessidade de controlar os filhos;
Enfatizam a obediência a bons padrões de comportamento;
Repreendem, disciplinam ou castigam a criança por manifestações de emoção, esteja a criança agindo mal ou não;
Acham que a manifestação de emoções negativas deve ter limite de tempo;
Acham que as emoções negativas precisam ser “controladas”;
Acham que as emoções negativas refletem deficiência de caráter;
Acham que a criança usa emoções negativas para manipular; isso provoca disputa pelo poder;
Acham que as emoções enfraquecem as pessoas; as crianças precisam ser emocionalmente fortes para sobreviver;
Acham que as emoções negativas são improdutivas, uma perda de tempo;
Veem as emoções negativas (especialmente à tristeza) com um bem a ser poupado;
Preocupam-se bastante com a obediência da criança à autoridade.
Julgam e criticam a expressão emocional da criança;
Estão preocupados demais com a necessidade de controlar os filhos;
Enfatizam a obediência a bons padrões de comportamento;
Repreendem, disciplinam ou castigam a criança por manifestações de emoção, esteja a criança agindo mal ou não;
Acham que a manifestação de emoções negativas deve ter limite de tempo;
Acham que as emoções negativas precisam ser “controladas”;
Acham que as emoções negativas refletem deficiência de caráter;
Acham que a criança usa emoções negativas para manipular; isso provoca disputa pelo poder;
Acham que as emoções enfraquecem as pessoas; as crianças precisam ser emocionalmente fortes para sobreviver;
Acham que as emoções negativas são improdutivas, uma perda de tempo;
Veem as emoções negativas (especialmente à tristeza) com um bem a ser poupado;
Preocupam-se bastante com a obediência da criança à autoridade.
Efeitos deste estilo sobre a criança: os mesmos que os do estilo Simplista.
OS PAIS LAISSEZ-FAIRE (deixar fazer sem impor limites ou consequências)
Aceitam livremente qualquer expressão de emoção por parte da criança;
Reconfortam a criança que esteja experimentando sentimentos negativos;
Quase não procuram orientar o comportamento da criança;
Não orientam a criança sobre as emoções;
São permissivos, não impõem limites;
Não ajudam a criança a resolver problemas;
Não ensinam à criança métodos para solucionar problemas;
Acham que pouco se pode fazer a respeito das emoções negativas, a não ser afastá-las;
Acham que administrar emoções negativas é uma questão de hidráulica; basta liberar a emoção;
Reconfortam a criança que esteja experimentando sentimentos negativos;
Quase não procuram orientar o comportamento da criança;
Não orientam a criança sobre as emoções;
São permissivos, não impõem limites;
Não ajudam a criança a resolver problemas;
Não ensinam à criança métodos para solucionar problemas;
Acham que pouco se pode fazer a respeito das emoções negativas, a não ser afastá-las;
Acham que administrar emoções negativas é uma questão de hidráulica; basta liberar a emoção;
Efeitos deste estilo sobre a criança: ela não aprende a regular as emoções; tem dificuldade de se concentrar, de fazer amizades, de se relacionar com outras crianças.
OS PAIS PREPARADORES EMOCIONAIS
Vêem nas emoções negativas uma oportunidade de intimidade;
São capazes de perder tempo com uma criança triste, irritada ou assustada, não se impacientam com a emoção;
Percebem e valorizam as próprias emoções;
Veem nas emoções negativas uma oportunidade importante para agirem como educadores;
São sensíveis aos estados emocionais da criança, mesmo os sutis;
Não ficam confusos nem ansiosos com a expressão de emoção da criança, sabem o que precisa ser feito;
Respeitam as emoções da criança;
Não ridicularizam nem fazem pouco das emoções negativas da criança;
Não dizem como a criança “deve” se sentir;
Não sentem que precisam resolver todos os problemas para a criança;
Usam os momentos de emoção para:
Escutar a criança;
• Demonstrar empatia com palavras tranquilizadoras e afeição;
• Ajudar a criança a nomear a emoção que ela está sentindo;
• Orientar na regulamentação das emoções;
• Impor limites e ensinar manifestações aceitáveis da emoção;
• Ensinar técnicas de solução de problemas.
São capazes de perder tempo com uma criança triste, irritada ou assustada, não se impacientam com a emoção;
Percebem e valorizam as próprias emoções;
Veem nas emoções negativas uma oportunidade importante para agirem como educadores;
São sensíveis aos estados emocionais da criança, mesmo os sutis;
Não ficam confusos nem ansiosos com a expressão de emoção da criança, sabem o que precisa ser feito;
Respeitam as emoções da criança;
Não ridicularizam nem fazem pouco das emoções negativas da criança;
Não dizem como a criança “deve” se sentir;
Não sentem que precisam resolver todos os problemas para a criança;
Usam os momentos de emoção para:
Escutar a criança;
• Demonstrar empatia com palavras tranquilizadoras e afeição;
• Ajudar a criança a nomear a emoção que ela está sentindo;
• Orientar na regulamentação das emoções;
• Impor limites e ensinar manifestações aceitáveis da emoção;
• Ensinar técnicas de solução de problemas.
Efeitos deste estilo sobre a criança: Ela aprende a confiar em seus sentimentos, regular as próprias emoções e resolver problemas. Tem autoestima elevada, facilidade de aprender e de se relacionar com as pessoas.
OS CINCO PASSOS FUNDAMENTAIS DA PREPARAÇÃO EMOCIONAL
A empatia é a base do trabalho de Preparação Emocional. Empatia é a capacidade de nos colocar no lugar do outro, de sentir o que o outro sente e reagir de acordo com isso.
Como pais empáticos, ao ver nossos filhos chorando, conseguimos nos colocar no lugar deles e sentir sua dor. Ao vê-los irritados, batendo o pé, podemos sentir a frustração e a raiva que eles sentem. E desta forma, nossos filhos nos veem como aliados.
Dizer a uma criança como ela deve sentir-se só a faz desconfiar do que ela sente, o que a deixa insegura e a faz perder a autoestima. Por outro lado, se dizemos à criança que ela tem o direito de sentir, mas pode ser que haja formas mais adequadas de expressar o que sente, ela fica como o caráter e a autoestima intactos. E fica sabendo que tem um adulto compreensivo do seu lado para ajudá-la a deixar de se sentir mal e encontrar uma solução.
Quando procuramos compreender a experiência de nossos filhos, eles se sentem amparados. Sabem que estamos do lado deles. Quando deixamos de criticá-los, de fazer pouco do que sentem ou de tentar desviá-los de seus objetivos, eles se abrem conosco. Dão opiniões. Suas motivações ficam menos misteriosas, o que, por sua vez, faz com que haja mais compreensão. Nossos filhos começam a confiar em nós. São cinco os passos da Preparação Emocional, passos que os pais devem usar para colocar empatia em suas relações com os filhos.
Cinco passos da Preparação Emocional
1) Perceber a emoção da criança: os pais primeiro precisam perceber suas próprias emoções para chegarem às emoções de seus filhos. Precisam tornar-se emocionalmente conscientes, ou seja, ter capacidade de reconhecer e identificar as próprias emoções e os próprios sentimentos e perceber as emoções do outro.
Muitas vezes, as crianças expressam as emoções de forma indireta. Entre os sinais de que uma criança tem algum problema emocional, estão a fome exagerada, perda de apetite, pesadelos, queixas de dor de cabeça e dor de estômago. Crianças já acostumadas a usar o vaso sanitário podem voltar a urinar na cama.
2) Reconhecer a emoção como uma oportunidade de intimidade e transmissão de experiência: alguns pais tentam ignorar os sentimentos negativos da criança esperando que eles passem, mas não é assim que as emoções funcionam. Os sentimentos negativos, como raiva, medo e tristeza, se dissipam quando a criança pode falar sobre suas emoções, nomeá-las e sentir-se compreendida. Este é o momento dos pais demonstrarem empatia, ganhar intimidade com os filhos e ensinar-lhes maneiras de lidar com estes sentimentos.
3) Escutar com empatia, legitimando os sentimentos da criança: para entrar em sintonia com as emoções de seu filho, você precisa prestar atenção à linguagem corporal, às expressões faciais e aos gestos dele. E o mais importante de tudo, usar o coração para sentir verdadeiramente o que seu filho está sentindo.
4) Ajudar a criança a nomear e verbalizar as emoções: os pais devem ajudar seus filhos a verbalizar o que eles estão sentindo. Isso não significa dizer à criança como ela deve sentir-se. Significa apenas ajudá-la a desenvolver um vocabulário para expressar exatamente como se sente.
5) Impor limites e, ao mesmo tempo, ajudar a criança a resolver seus problemas: é importante a criança entender que seus sentimentos não são o problema, seu mau comportamento é que é. Todos os sentimentos e todos os desejos são aceitáveis, mas nem todos os comportamentos o são. Portanto, os pais têm que impor limites aos atos, não aos desejos e sentimentos.
As famílias saem-se melhor com métodos que estabelecem limites claros e regras compreensíveis e que permitem que a criança conserve o senso de dignidade, autoestima e poder.
Quando as crianças aprendem a regular as emoções negativas, não precisam ser tão disciplinadas e reprimidas pelos pais, e se dispõe mais a buscar soluções para os problemas e conflitos.
Ao ajudar a encontrar soluções, incentive a criança a pensar por si própria e a resolver o problema, pergunte-lhe o que ela quer, ajude a escolher as melhores opções pensando em conjunto nas consequências, relembre as opções de sucesso e escolham as opções mais viáveis e eficazes.
O que muda quando a criança tem pais Preparadores Emocionais?
Crianças que têm preparo emocional são fisicamente mais saudáveis e apresentam melhor desempenho escolar do que as que não tem. Estas crianças se relacionam melhor com os amigos, têm menos problemas de comportamento e são menos propensas à violência. Têm menos sentimentos negativos sobre si mesmo, os outros e a vida e mais sentimentos positivos.
As crianças com preparo emocional são mais flexíveis. Elas não deixam de ficar tristes, irritadas ou assustadas em circunstâncias difíceis, mas têm mais capacidade de se acalmar, sair da angústia e procurar atividades produtivas. Em resumo, são mais saudáveis e inteligentes emocionalmente.
(Via Saskia Psicodrama)
Fonte:http://doloresbordignon.com.br/guia-fundamental-da-educacao-emocional-que-tipo-de-paimae-voce-e/
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