A EDUCAÇÃO DO PRESENTE PRECISA ESTAR DE OLHO NO FUTURO


A educação do presente precisa estar de olho no futuro

02 de dezembro de 2019
Postado por Microsoft Educação em Notícias EducaçãoTecnologia da Educação

Por Silmara Casadei, diretora-geral pedagógica e educacional do Colégio Visconde de Porto Seguro
Se existe uma palavra que ecoa com mais intensidade no mundo atual, esse termo certamente é “mudança”. Na era das rápidas transições tecnológicas, comportamentais, de propósito e, até mesmo, de realidade, tudo parece estar mudando. O ponto em questão, no entanto, é que transformações constantes fazem com que as pessoas estejam sempre atualizadas e preparadas para o futuro. Basta imaginar, por exemplo, quantas profissões ainda nem existem e que, em breve, serão essenciais para as empresas. Sendo assim, a questão é: como a educação deve acompanhar e preparar os jovens para esse futuro?
O ensino do presente precisa ter como objetivo desenvolver as competências essenciais para o século XXI em crianças e jovens. Conceitos fundamentais das diferentes áreas do saber se ampliam com o aprendizado de idiomas, as conexões globais, a sustentabilidade, a inteligência socioemocional e a educação digital.  
Nesse sentido, é necessário entender que repaginar a matriz curricular e as opções de cursos, assim como remodelar as atividades extracurriculares, é uma ação primordial para formar os jovens de olho no amanhã. O foco, cada vez mais, deve ser aumentar a interdisciplinaridade para cultivar e desenvolver os múltiplos talentos dos estudantes, preparando-os, assim, para um futuro que se transforma constantemente. Para oferecer um currículo completo e integral, é importante valorizar os vínculos afetivos, metodologias híbridas, uso de novos espaços de aprendizagem e recursos com tecnologia.
Com as pessoas cada vez mais conectadas, estamos passando por uma nova Revolução Industrial. Nestes novos tempos, mais do que dizer que o uso da Inteligência Artificial está crescendo no mercado de trabalho, precisamos lembrar que, na verdade, o que acontece é que as pessoas terão de reinventar suas carreiras em busca de novas opções de trabalho. Não é só a tecnologia que muda, as pessoas também têm de mudar.
Os jovens da atualidade, principalmente os que já nasceram imersos na tecnologia, precisam refinar os conhecimentos que já possuem a respeito das tecnologias disponíveis, com a perspectiva de o futuro lhes entregar uma realidade possivelmente bem diversificada e diferente da que vivem agora. Aprofundar o uso de recursos digitais e oferecer capacitação nos meios tecnológicos são tendências do ensino que focam no profissional do futuro.
Para incluir a inteligência socioemocional no currículo, as escolas devem estar aptas a realizar encontros periódicos com os alunos em que haja momentos de diálogos, reflexão, escuta, cuidado e atenção. Essas ações permitem que os estudantes tenham a oportunidade de entender melhor suas emoções e como é possível equilibrar seus sentimentos nas situações de maior necessidade. Atualmente, essa capacidade emocional é bastante valorizada em profissionais. Pesquisas recentes confirmaram que a inteligência socioemocional e a inteligência cognitiva são habilidades que mais impactam o destino das pessoas nas empresas.
Outro item a ser trabalhado é a comunicação. Saber se expressar e comunicar é a chave para criar cidadãos globais, pessoas capazes de entender e se relacionar com múltiplas nacionalidades. Hoje em dia, no Brasil, ter fluência em um segundo idioma, como o inglês, é muitas vezes considerado um diferencial, mas é fato que ter conhecimento em uma terceira língua é algo que tem chamado a atenção nos currículos. Somado a essa necessidade, é preciso ter uma leitura do cenário atual e compreender os desafios da nossa sociedade. Esse olhar para a realidade também se torna um diferencial necessário, garantindo que as próximas gerações estejam aptas a propor resoluções criativas para questões de alto impacto socioambiental.
Nesse cenário, por exemplo, ser sustentável é uma das atitudes que serão ainda mais exigida das pessoas. Não bastará apenas ser um cidadão que recicla o lixo – a necessidade de cuidar do meio ambiente começa no modo como consumimos e nos integramos à cadeia de uso dos produtos e serviços, que passa também pelo autocuidado, para uma vida melhor e mais feliz. Os cursos de educação financeira se projetam como uma forma de apresentar as noções do consumo consciente e de instruir os jovens sobre ganhar, gastar, investir e doar.

A implementação de todos esses conceitos certamente contribui para a formação de um cidadão atualizado e preparado para diversas realidades do presente e do futuro. Ter múltiplos talentos permite aos jovens identificar e aproveitar as oportunidades que surgem na trajetória da vida.
Preparados para 2020?


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